sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Paradoxo o.O

Analisando o livro Comunidade, a busca por segurança no mundo atual - Zygmunt Bauman. Percebe-se o conflito entre segurança e liberdade, a dificuldade em balancear as duas, ou seja, abrir mão de um pouco de liberdade em prol de segurança. Muitos indivíduos abrem mão da sua liberdade ingressando em comunidades "terroristas", mas não alcançam a segurança, pelo menos não na concepção ocidental de segurança.
Então observa-se um paradoxo, como alguém pode buscar segurança num grupo que promove o "terror"?
Embora seja muito difícil entender algo fora da nossa ótica ocidental, podemos pensar que o que é segurança para nós, talvez seja acomodação para eles e que a segurança deles pode ser loucura para nós, mas que ambas significações estão "corretas?!" ou pelo menos nenhuma está errada.

Um comentário:

  1. Olá pessoal! vejam que interessante essa matéria:

    http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20110220/not_imp682018,0.php

    História feita pelo povo
    19 de fevereiro de 2011 | 0h 00

    MARIO VARGAS LLOSA - O Estado de S.Paulo

    O movimento popular que sacudiu países como Tunísia, Egito e Iêmen e cujas réplicas chegaram a Argélia, Marrocos e Jordânia é o mais completo desmentido de quem, como Thomas Carlyle, acredita que "A história do mundo é a biografia dos grandes homens". Nenhum caudilho, grupo ou partido político pode se atribuir esse levante social sísmico que já decapitou as satrapias tunisiana de Ben Ali e egípcia de Hosni Mubarak, colocou à beira do colapso a iemenita de Ali Abdullah Saleh, e provoca calafrios nos governos dos países onde a onda convulsiva chegou mais fraca como na Síria, Jordânia, Argélia, Marrocos e Arábia Saudita.

    É óbvio que ninguém podia prever o que ocorreu nas sociedades autoritárias árabes e que o mundo inteiro e, em especial, os analistas, a imprensa, as chancelarias e centros de estudos políticos ocidentais ficaram tão surpresos com a explosão sociopolítica árabe como ficaram com a queda do Muro de Berlim e a desintegração da União Soviética e seus satélites.

    Não é arbitrário aproximar os dois acontecimentos: os dois têm uma transcendência semelhante para as respectivas regiões e provocam precipitações e sequelas políticas para o restante do mundo. Que melhor prova de que a história não está escrita e ela pode tomar, de repente, direções imprevistas que escapam a todas as teorias que pretendem sujeitá-la a procedimentos lógicos? Dito isso, não é impossível discernir alguma racionalidade nesse movimento contagioso de protesto que se inicia, como numa história fantástica, com a autoimolação pelo fogo de um pobre e desesperado tunisiano do interior chamado Mohamed Bonazizi e com a rapidez do fogo que se espalha por todo o Oriente Médio.

    continua no link...

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